Em nota, o órgão informou que o objetivo do ofício enviado foi “tão somente coletar dados para um dos cenários levantados”, dentro das possibilidades que podem vir a acontecer no decorrer da atual pandemia do novo coronavírus.
“Ativado pelo Ministério da Defesa no contexto do emprego das Forças Armadas contra a Covid-19, planeja sua atuação com base no levantamento de cenários hipotéticos, visando mitigar os efeitos nocivos da pandemia junto à sociedade”.
O órgão afirma que está “atento à evolução da pandemia do Coronavírus (Covid-19), sob a ótica da missão constitucional do Exército Brasileiro e da proteção da Família Militar, apoiando o esforço nacional de combate à pandemia”, reiterando o empenho no combate ao coronavírus em colaboração com outros órgãos e agências.
Ofício
No ofício, classificado como urgente, e assinado pelo coronel Luis Mauro Rodrigues Moura, chefe da Seção de Serviço Militar, é feita a solicitação de dados estatísticos.
“Em atenção ao documento contido na referência, solicito aos senhores chefes de Postos de Recrutamento e Mobilização, com apoio das Juntas de Serviço Militar, que seja realizado um levantamento de dados estatísticos referentes a quantidades de cemitérios, disponibilidade de sepulturas e capacidade de sepultamentos diários, em suas respectivas áreas de responsabilidade”, diz o documento exibido por Salles.
O texto especifica que se trata de uma contingência devido à emergência sanitária provocada pelo novo coronavírus. “As informações solicitadas são para fins de consolidação e resposta ao Departamento-Geral do Pessoal, referente à Pandemia Covid-19”.
“Diante de um documento como esse, vindo de uma instituição das mais respeitadas do Brasil, o Exército Brasileiro, pedindo informações sobre o número de cemitérios, o número de sepulturas, a nossa capacidade para poder sepultar pessoas, eu não posso, de forma alguma, afrouxar as nossas medidas. Porque se o Exército está perguntando isso, é porque estão fazendo um levantamento estatístico justamente diante a uma possibilidade de um caos na nossa saúde pública. Não apenas no Brasil, mas nós estamos acompanhando no mundo”.
Via Agência Brasil