O deputado Adjuto Afonso (PDT) falou em entrevista, nesta
terça-feira (11), sobre um estudo que o governo federal está realizando que diz
respeito à substituição do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), principal base
econômica do estado do Amazonas.
O parlamentar reafirmou seu discurso e luta
por uma alternativa econômica, que seja desenvolvida em paralelo a atual
atividade, além da necessidade de consolidação de segurança jurídica para o
modelo ZFM.
“Eu sempre defendi um novo modelo econômico. O Amazonas é um
estado país, é preciso identificar a vocação econômica de cada região e buscar
uma alternativa. Não podemos ficar só pensando em pólo industrial, que hoje
sustenta o estado, não tem mais como prorrogar, já se prorrogou por 50 anos. Nós
temos aí mineração, plantas para explorar na área medicinal, e outros
elementos. É preciso que o governo identifique, seja ele o estado ou o governo
federal, a potencialidade de nossa região e invista nisso”, ressaltou o
deputado Adjuto.
Indagado sobre uma possível redução de incentivos a curto e
médio prazos por conta do estudo em questão, o parlamentar avalia a necessidade
de eliminar tais riscos, e trabalhar em paralelo ambas as situações.
“Falta muito no país a segurança jurídica, a gente sabe que
isso afugenta empresário, precisa ter primeiro regras claras e seguras para que
atraia empresários a investirem aqui. Essa substituição de imediato não existe,
tem que consolidar o pólo, trazer mais investimento com a segurança jurídica,
pra se pensar em outras alternativas econômicas, que sejam paralelas.
O pólo
industrial hoje sustenta a nossa economia, mas se a gente tem um pólo
consolidado, com todas as subvenções, aí podemos partir pra outra atividade, e
o Amazonas vai ser um estado promissor”, disse o parlamentar.
Empreendedorismo e Cooperativismo
O deputado Adjuto Afonso preside duas Frentes Parlamentares
apoiadoras de segmentos que vêm se destacando economicamente, ainda que de
forma tímida, mas que promovem expectativas em fomento econômico. Ele acredita
que tanto o empreendedorismo quanto o cooperativismo podem ser considerados
como duas alternativas importantes na esfera estadual.
“O empreendedorismo e o cooperativismo precisam de um olhar
diferente, em nosso estado ainda é muito pequeno, justamente porque todo mundo
só acreditou no pólo industrial, e nós tivemos um reflexo na crise. Os estados
consolidados com o empreendedorismo, o cooperativismo e o setor primário não
sentiram tanto. Nós, do Amazonas, como a nossa única atividade é o pólo
industrial, tivemos redução de emprego, as fábricas começaram a demitir porque
não estavam vendendo seus produtos. Muitas empresas saíram. Não buscamos nem o
nosso mercado no Mercosul. Nosso consumo era interno, saturou o consumo interno
e aí não se vendeu mais nada”, avalia Adjuto Afonso, que é administrador por
formação e ex-bancário.
Gabinete do Deputado Adjuto Afonso (PDT)
Foto: Ney Xavier